quinta-feira, 10 de junho de 2010

E vamos à Copa!

Eu tava desempregado e ficava em casa o dia inteiro até duas semanas atrás. Aí arranjei um estágio e... Começa a Copa do Mundo. Eu tava puto, chateado e frustrado de ser um desempregado. Aí... Eu arranjo estágio logo quando começa algo que me dava até felicidade de estar em casa... Mas como esse tal de Murphy nunca foi muito meu amigo mesmo, vida que segue e a Copa do Mundo começa hoje. E sim! Já tem um jogo que eu queria muito ver! E frustrado ficarei por não ver, mas... pelo menos agora eu tenho estágio. #fodaseparadefalardoquenãoimporta

Vamos ao que interessa então: O jogo de abertura eu vou pular. Foda-se. Sim, é muito bonito a festa do povo sul-africano e as vuvuzelas e blá-blá-blá. Vira matéria pro Jornal Nacional, mas no fim mesmo, não importa nada. A África do Sul não vale de nada no futebol e vai rodar rapidinho no mundial. Provavelmente a primeira piaba já vem hoje às 11h contra a boa seleção mexicana.


O que eu queria ver mesmo é o segundo jogo da Copa: Uruguai x França. O embate entre os países que provavelmente mais nos fizeram chorar no quesito futebol têm seus atrativos. Só pra lembrar: Os uruguaios os responsáveis pelo Maracanazzo, a derrota na final da Copa de 50, com Maracanã lotado e o país já em festa. E os franceses, só para ficar nas mais recentes, em 98 e 2006... Ainda tem o pênalti do Zico! Enfim, vendo pelo lado bom, por terem acabado com os planos de dominar o mundo à cada quatro anos dessa nação que só é patriota na Copa, esses dois devem ter lá seus valores. E têm.


O Uruguai, mesmo tendo se classificado em último na eliminatória sul-americana, sempre demonstra uma raça invejável quando entra em campo. Embora a qualidade no futebol tenha se deteriorado com o tempo. Uma Argentina, sem técnica, a raça no violento esporte bretão foi o que restou no arcaíco futebol uruguaio. O maior símbolo disso é o zagueiro Lugano. Capitão da Celeste, o zagueiro ídolo do São Paulo, joga com uma vontade que pouco se vê (embora quase ninguém mais veja porque ele joga na Turquia agora ¬¬') em campo. O cara provavelmente não faz 5 embaixadinhas, mas joga com a cabeça em pé, comanda a zaga, grita, dá esporro, limpa a zaga com chutão. Sério, dá gosto de ver. Aquele cara que o torcedor gosta, que representa a vontade que o apaixonado da arquibancada tem, só que dentro de campo.


E para não dizerem que eu não falei da classe "uruguachia", tem o Forlán como o Centroavante da equipe, que eu destaquei na foto lá em cima. O cara tem uma frieza matadora na frente da meta e há muito se destaca em times não tão grandes da Europa como o Atlético de Madri agora e anteriormente no Villareal, onde formava uma grande dupla com o argentino Riquelme. E se você for botafoguense, ainda tem o bônus de ver o "Loco" Abreu no banco e ficar feliz... mas sem olhar pro lado pra não se lembrar do Castillo e destruir as boas memórias.

Pelo lado de "les bleus", veremos um time enfraquecido que vive a ressaca da aposentadoria do maior jogador da história da França: Zinedine Zidane. A queda na qualidade é vertiginosa sem o carequinha arrumando o meio-campo. Basta lembrar os fatos que rodeiam a vice-campeã de 2006 ultimamente. Derrota pífia diante da fraquíssima China, que nem pra Copa vai, no último dia 4 e, como não lembrar, a vergonhosa classificação diante da Irlanda, na repescagem das eliminatórias européias.


Mas no papel, a seleção da França é muito boa. Jogadores como Gallas, Abidal, Malouda, Evra, Anelka e até mesmo o decadente Henry podem fazer a diferença a favor dos azuis dentro de campo. Isso sem falar em Frank Ribéry. Ofuscado por Robben por ter ficado de fora da final Uefa Champions League, o deforme francês da foto lá do alto, foi o grande nome dos vice-campeões europeus e quem brilhou na conquista do Campeonato Alemão pelo Bayern de Munique e o craque que pode levar a França longe na competição na ausência de Zizou.

Enfim... Minha frustração por não poder assistir o mundial me fez escrever essa análise. O futebol tem confrontos entre camisas pesadas, como as de França e Uruguai, e dá gosto de ver esses combates. Em Copas do Mundo, é um evento único para os amantes do futebol que só se vê a cada 4 anos.

E para mim o que vale é o peso da camisa. Dá raiva ver um time de futebol estrelado com uma camisa sem peso. Uma vez Enrique Aznar, da revista Placar, alcunhou a frase: "Quem nasceu pra Olaria, nunca vai ser Flamengo." Ou algo do gênero. Coisa com que concordo e muito. O único clube que engordou o peso da sua camisa com dinheiro foi o Chelsea ultimamente, e na marra, predestinadamente, o Vasco da Gama, que começou de baixo, mas essa é outra história...

Na Copa do Mundo é onde existe a colisão entre essas camisas, neste caso de seleções. E o primeiro é hoje às 15:30. No papel eu cravo França, mas no peso da camisa pode acontecer um empate ou uma vitória Uruguaia. E essa incerteza faz desse esporte algo mágico e imprevisível. Quase tudo nesse esporte é lindo.


Eu disse quase tudo.

P.S.: Com a Copa começando vêm os palpites. Eu simulei o mundial chutando os resultados e deu Espanha. Logo, para mim a Fúria leva o caneco pela primeira vez com sua seleção galática do goleiro ao centroavante. E para você, quem leva a taça? Dá para o time do Dunga?

Abraço!

Um comentário:

  1. Pra mim quem leva a Copa talvez seja a Alemanha, não sei, tô sentindo rs mas a Espanha também tem boas chances, mas como boa e tradicional brasileira, não perco a esperança da seleção de Dunga levantar a taça novamente!

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